O DIA D
João ao se deparar com a morte da mulher, se tranca na escuridão, troca o sentir da dor pelo trabalho, não chora, não sente, não sofre, não ri. Perde seu espírito, sua alma, se transforma apenas em corpo e usa do trabalho, como refúgio da dor, refúgio da vida, se isola entre paredes, mesa, papéis e máquina de escrever e usa disso como uma muralha que o separa do mundo exterior, assim não tem que enfrentar a realidade- a dor da perda. Mariana, apesar da morte física, fica presa a esta dimensão por acreditar em poder ajudar o marido.