Visceral estreia em formato de Instalação Intermídia e Imersiva em espetáculo de suspense que abordara um duelo sobre arte contemporânea x erudita.

 

A montagem da peça Visceral, texto da mineira Nanna de Castro (Bala na Agulha, 2014; Eu te darei o céu- Kikito, 2005), ganha uma versão em formato de instalação a cargo da produtora cultural Inmersivus, com direção cênica de Dan Rosseto, direção imersiva de Paulo Gabriel, pesquisa e iniciativa teatral de Chica Portugal e produção de Edinho Rodrigues. O espetáculo ganhador da 8a edição do Prêmio Zé Renato faz temporada nos meses de setembro e outubro, no Estação Satyros, no centro da Cidade de São Paulo. O elenco é composto por Chica Portugal, Iara Jamra, Joca Andreazza, Paulo Gabriel e Alê Menezes.

Visceral trata-se de um thriller psicológico com boas pitadas de humor. Com ares de suspense e realismo fantástico, a obra teatral trafega por caminhos como a barbárie; as doenças mentais e físicas; a Cracolândia; e a dependência química. A montagem se apoia em 2 eixos narrativos: o eixo imersivo, com exposição de obras de arte com partes interativas e um happening; e o eixo teatral, com o espetáculo dramatúrgico em si.

Na trama, João Gabriel, faz uma exposição de lançamento de suas obras e lança um livro autobiográfico. Avesso ao contato social, vive recluso em um casarão na Cracolândia. Sua marca registrada são as cores que trafegam entre o vermelho, laranja e marrom e roxo, além de uma estranha textura presente em suas telas. Suas obras são fortes e primitivistas, que retratam normalmente rostos mundanos e pedaços de corpos humanos, . O renomado Jordão, crítico de arte, de difícil trato é escalado para busca uma entrevista com o tal artista do momento.

João Gabriel acaba por apresentar seu processo criativo ao famoso crítico de forma visceral e o induz o famoso jornalista a vivenciar seu processo criativo. Seu lado psicológico conturbado é controlado pela solícita e segunda mãe, Alice que o mantém em constante estado de vigília. Entre seu processo criativo, João titubeia ao conhecer Angélica uma usuária de crack que move os instintos mais profundos do artista, e que luta contra sua fúria para poupar a jovem do seu lado mais desumano e cruel.

Para dar vida a esta vivência, um time de criadores de ponta foi selecionado. Beto França (Prêmio Avon Color de maquiagem 1997-teatro, 2003-teatro e 2004-cinema) assina a caracterização cênica; Ricardo Severo (Prêmio Shell 2014- trilha sonora) compõe a trilha sonora, Wagner Pinto (Prêmios Shell/2015) assina o desenho de luz; no figurino Mila Reily; Kleber Montanheiro na cenografia; obras de arte de Anderson Monteiro; na preparação corporal Fernando Vieira e na preparação vocal Madalena Bernardes.

A instalação fica em cartaz em setembro e outubro e retornará aos palcos em 2020. Visceral trata de um projeto inovador da E!motion Cultural em parceria com Brancalyone e Inmersivus.

Veja o teaser do espetáculo:

O Ator Paulo Gabriel, teve a oportunidade de participar do espetáculo/instalação e fala um pouco sobre o processo e seu personagem. ”Visceral é uma grande aposta da produtora E!Motion Cultural, que pensa e passa apostar em formatos alternativos aos das montagens convencionais teatrais. Com a marca Inmersivus, da Emotion, a produção ganhou um ritmo mais jovial, instigante, tecnológico e provocador, fatores que ajudam a contar essa historia forte e de suspense e que possivelmente conversam melhor com o ”hoje”.Visceral possui um senso estético muito apurado. Um time de criativos inspirados e premiados fez com que fosse gerado elementos cênicos que agregassem valor ao conteúdo teatral criado, gerando uma linguagem personalíssima para quem vê, além de artistas do palco preparados para darem ao público um acting simples, cinematográfico e potente. Eu faço o João Gabriel, a personagem central e fio condutor da narrativa que apresenta sua jornada em busca de compreensão de suas obras nesse atual cenário artístico. João Gabriel trafega por linhas como loucura, genialidade, egocentrismo, infantilidade e demasiada carência por atenção, tanto é que vê no critico Jordão , a figura do pai que não teve. Um duelo de gerações e de ”verdades” sobre arte são abordadas nessa historia que possui muitas rasteiras no espectador, tirando suas certezas sobre a narrativa. E isso tem sido um presente, pois tanto o ator deve estar multifacetado em sua construção a ponto de levar e induzir a plateia a crer em um caminho, para que este seja dilapidado pelo texto, revelando outras possibilidades e prismas de cada personagem. Visceral ainda que de maneira mais secundária trata de temas como Cracolândia e Dependência Química, assuntos pouco abordados nos palcos e que encontram um significado e afago poético em nossa montagem. Nessa montagem tive o desafio de fazer uma interpretação cinematográfica no teatro, ou seja, vivenciar a cena, os conflitos e as conexões com realismo ora naturalismo mas sem perdem uma dinâmica e potência teatral. Foi um saboroso desafio equalizar tudo isso dentro de uma historia onde espectadores ficavam muito perto dos atores. de quebra fui agraciado em poder ”jogar” com talentosos artistas que admiro e respeito como Chica Portugal, Joca Andreazza, Iara Jmara, Alê Menezes, Nahuel Caran, Giovanna Marquelli, José Paulo Rocha, Raffah Belleti e Dan Rosseto, nosso diretor da área teatral.

Ainda nessa montagem tive a oportunidade de exercer um outro lado criativo meu, que é a criação de experiencias imersivas, a peça se passa dentro de uma instalação, logo, foi uma honra criar um paralelismo da historia do João Gabriel, com algo palpável que soasse diferente aos olhos de quem iria ver a peça. O João Gabriel tem uma fala que diz ao crítico que é ” eu sou diferente! eu quero que você veja esses meus quadros”.. eu me pautei nessa frase para criar e achar algo que tivesse essa dinâmica no Paulo, o que de diferente eu Paulo, poderia trazer para dar esse significado e que gerasse essa possível incompreensão… aí me voltei ao meu campo de pesquisa e criei essa instalação, que seria diferente para quem visse e traria essa abordagem…Ah mas tem um porém, essa peça é muito mais do que ver, ela tinha um cunho mais sensorial para acessar as camadas sutis do espectador para quele ele imbuído de sensações comprasse esse jogo de suspense para dar margem a sua imaginação para crer no que seria apresentado no porão onde se passa a peça. Era preciso criar uma atmosfera crível relacionado a sua temática, pois é das coisas mias difíceis realizar um suspense no teatro e creio que estamos no caminho certo!

Agradecimento especial à Secretaria Municipal de Cultura do Município de São Paulo, através do Prêmio Zé Renato, que contemplou esse projeto plural para nossa cidade.Espero que Visceral tenha vida longa e que impacte muitas vidas e pessoas. A arte transforma e precisa estar viva no nosso cotidiano!

Fontes:
https://obeijo.com.br/teatro-visceral-fara-temporada-de-7-de-setembro-a-28-de-outubro-na-estacao-satyros/
http://satyros.com.br/emcartaz/visceral/
https://guia.folha.uol.com.br/teatro/drama/visceral-estacao-satyros-consolacao-560155010.shtml
https://aplausobrasil.com.br/critica-merito-de-visceral-e-envolver-publico-na-acao/
http://www.diletanteprofissional.com.br/viceral-dica-de-teatro/
https://www.radiogazetaonline.com.br/visceral/

SERVIÇO

Visceral, de Nanna de Castro

Classificação: 16 anos

Gênero: Suspense – Realismo Fantástico

Duração: 105 minutos (35 minutos de imersão + 70 minutos de espetáculo)
Realização: E!Motion Cultural e Secretaria Municipal de Cultura / Prêmio Zé Renato

Adaptação do Conteúdo: Redação Site Paulo Gabriel

Importante: Este editorial tem como finalidade de informar e divulgar o projeto e o trabalho do Ator Paulo Gabriel através da fusão de matérias relacionadas ao trabalho em questão, sem o intuito de ferir a autoria dos jornalistas e profissionais de comunicação envolvidos.

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